Home
critica
drama
Gena Rowlands
James Garner
Nick Cassavetes
Rachel McAdams
romance
Ryan Gosling
Diário de Uma Paixão
Diário de Uma Paixão
Não sou muito fã da literatura de Nicholas Sparks, mas há tempos queria ver esse que é considerado por muito seu melhor livro e melhor adaptação para os cinemas. Diário de Uma Paixão é um filme sobre um amor intenso e comovente, a ideia é mesmo levar o espectador às lágrimas.
Quem não gosta de melodrama, provavelmente não vai gostar dessa história. Diário de Uma Paixão é o protótipo do gênero, com todas as dificuldades possíveis para o amor romântico, assim como sua luta incansável pela superação. Noah e Allie se encaixam perfeitamente no estereótipo. Ela, rica, ele, pobre. Amor de verão não apoiado pela família da moça. Separação precoce com cartas sendo escondidas. Tempo. Encontros e Desencontros. E, claro, a revelação final, que não chega a ser surpresa para o espectador mais atento.
Aliás, o próprio roteiro de Jeremy Leven, baseado no livro, não faz questão de esconder a verdade por trás daqueles personagens. É apenas um jogo proposto para ajudar a narrar a longa história com saltos temporais, tornando-a mais ágil. É bonito de ver o esforço e cuidado do narrador Duke em ajudar aquela senhora sem memórias. Assim como todo o esquema criado pelas enfermeiras que estão sempre por perto para qualquer situação que saia do controle.
Entre a narrativa atual no asilo e os flashbacks, vamos conhecendo o amor de Noah e Allie desde o primeiro encontro. A insistência dele, a recusa dela, o amor que explode e a inegável diferença de destinos. É interessante como isso é construído pelo diretor Nick Cassavetes não apenas por palavras ou insinuações mais explícitas, mas até mesmo nos pequenos detalhes. O primeiro almoço de Noah na casa de Allie o faz deslocar-se completamente daquele ambiente, a começar pela roupa, com todos com vestimentas claras, e apenas ele com um tom escuro. Depois pela posição que ele é focado, sempre sozinho, em um plano mais fechado, enquanto que quando os outros falam, o grupo é apresentado.
Com a separação do casal e a guerra, o filme faz seu resumo apressado para passar à nova fase. Adultos, eles tiveram pequenas conquistas, mas o amor do passado parece estar ali, ainda, escondido, quase como uma ferida nunca cicatrizada. E é óbvio que ainda precisa haver um acerto de contas. Este é um ponto positivo na trama, não há uma forçação do destino, um Deus Ex-Machina, o acontecimento que permite uma reaproximação, é plausível diante do construído até então.
Rachel McAdams e Ryan Gosling conseguem nos convencer do amor do casal, possuem química e demonstram sofrimento onde precisa. Mas, não podemos dizer que haja uma interpretação acima da média. Assim como Gena Rowlands está bem como a senhora desmemoriada. Mas, quem emociona mesmo em pequenos gestos é James Garner; a forma como ele trabalha a emoção do personagem no olhar é impressionante.
Diário de Uma Paixão é o que se propõe a ser, um bom melodrama feito para as plateias chorarem e se envolverem com o drama dos personagens. Não vejo mal nisso quando feito com verdade, sem exageros piegas ou forçado. Daqueles que encanta os amantes do gênero.
Diário de Uma Paixão (The Notebook, 2004 / EUA)
Direção: Nick Cassavetes
Roteiro: Jeremy Leven
Com: Gena Rowlands, James Garner, Rachel McAdams, Ryan Gosling
Duração: 123 min.
Quem não gosta de melodrama, provavelmente não vai gostar dessa história. Diário de Uma Paixão é o protótipo do gênero, com todas as dificuldades possíveis para o amor romântico, assim como sua luta incansável pela superação. Noah e Allie se encaixam perfeitamente no estereótipo. Ela, rica, ele, pobre. Amor de verão não apoiado pela família da moça. Separação precoce com cartas sendo escondidas. Tempo. Encontros e Desencontros. E, claro, a revelação final, que não chega a ser surpresa para o espectador mais atento.
Aliás, o próprio roteiro de Jeremy Leven, baseado no livro, não faz questão de esconder a verdade por trás daqueles personagens. É apenas um jogo proposto para ajudar a narrar a longa história com saltos temporais, tornando-a mais ágil. É bonito de ver o esforço e cuidado do narrador Duke em ajudar aquela senhora sem memórias. Assim como todo o esquema criado pelas enfermeiras que estão sempre por perto para qualquer situação que saia do controle.
Entre a narrativa atual no asilo e os flashbacks, vamos conhecendo o amor de Noah e Allie desde o primeiro encontro. A insistência dele, a recusa dela, o amor que explode e a inegável diferença de destinos. É interessante como isso é construído pelo diretor Nick Cassavetes não apenas por palavras ou insinuações mais explícitas, mas até mesmo nos pequenos detalhes. O primeiro almoço de Noah na casa de Allie o faz deslocar-se completamente daquele ambiente, a começar pela roupa, com todos com vestimentas claras, e apenas ele com um tom escuro. Depois pela posição que ele é focado, sempre sozinho, em um plano mais fechado, enquanto que quando os outros falam, o grupo é apresentado.
Com a separação do casal e a guerra, o filme faz seu resumo apressado para passar à nova fase. Adultos, eles tiveram pequenas conquistas, mas o amor do passado parece estar ali, ainda, escondido, quase como uma ferida nunca cicatrizada. E é óbvio que ainda precisa haver um acerto de contas. Este é um ponto positivo na trama, não há uma forçação do destino, um Deus Ex-Machina, o acontecimento que permite uma reaproximação, é plausível diante do construído até então.
Rachel McAdams e Ryan Gosling conseguem nos convencer do amor do casal, possuem química e demonstram sofrimento onde precisa. Mas, não podemos dizer que haja uma interpretação acima da média. Assim como Gena Rowlands está bem como a senhora desmemoriada. Mas, quem emociona mesmo em pequenos gestos é James Garner; a forma como ele trabalha a emoção do personagem no olhar é impressionante.
Diário de Uma Paixão é o que se propõe a ser, um bom melodrama feito para as plateias chorarem e se envolverem com o drama dos personagens. Não vejo mal nisso quando feito com verdade, sem exageros piegas ou forçado. Daqueles que encanta os amantes do gênero.
Diário de Uma Paixão (The Notebook, 2004 / EUA)
Direção: Nick Cassavetes
Roteiro: Jeremy Leven
Com: Gena Rowlands, James Garner, Rachel McAdams, Ryan Gosling
Duração: 123 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Diário de Uma Paixão
2014-05-19T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
critica|drama|Gena Rowlands|James Garner|Nick Cassavetes|Rachel McAdams|romance|Ryan Gosling|
Assinar:
Postar comentários (Atom)
cadastre-se
Inscreva seu email aqui e acompanhe
os filmes do cinema com a gente:
os filmes do cinema com a gente:
No Cinema podcast
anteriores deste site
mais populares do site
-
King Richard: Criando Campeãs (2021), dirigido por Reinaldo Marcus Green , é mais do que apenas uma cinebiografia : é um retrato emocionalm...
-
Cinema Sherlock Homes O filme de destaque atualmente é esta releitura do clássico do mistério pelas mãos de Guy Ritchie. O ex de Madonna p...
-
Clint Eastwood me conquistou aos poucos. Ele sabe como construir um filme que emociona e, agora, parece ter escolhido Matt Damon como seu ...
-
Eletrizante é a melhor palavra para definir esse filme de Tony Scott . Que o diretor sabe fazer filmes de ação não é novidade, mas uma tra...
-
O Soterópolis programa cultural da TVE Bahia, fez uma matéria muito interessante sobre blogs baianos. Esta que vos fala deu uma pequena con...
-
Olhando para A Múmia (1999), mais de duas décadas após seu lançamento, é fácil perceber como o filme se tornou um marco do final dos anos ...
-
Amor à Queima Roupa (1993), dirigido por Tony Scott e roteirizado por Quentin Tarantino , é um daqueles filmes que, ao longo dos anos, se...
-
Fui ao cinema sem grandes pretensões. Não esperava um novo Matrix, nem mesmo um grande filme de ação. Difícil definir Gamer, que recebeu du...
-
O CinePipocaCult adverte: se você sofre de claustrofobia, síndrome do pânico ou problemas cardíacos é melhor evitar esse filme. Brincadeiras...