O X Panorama Internacional Coisa de Cinema acontece ao mesmo tempo no Espaço Itaú Glauber Rocha, na Sala Walter da Silveira, na Capital Baiana e no Centro de Artes, Humanidades e Letras da UFRB em Cachoeira.
E só para não deixar de citar, o clássicos do Cinemark desta semana traz Footloose - Ritmo muito Louco, com Kevin Bacon.
Direção: Richard Linklater
O filme conta a história de um casal de pais divorciados (Ethan Hawke e Patricia Arquette) que tenta criar seu filho Mason (Ellar Coltrane). A narrativa percorre a vida do menino durante um período de doze anos, da infância à juventude, e analisa sua relação com os pais conforme ele vai amadurecendo.
Thomas: Gostei muito de ver essa experiência cinematográfica. Ver os atores crescendo e envelhecendo em cena sem perder o clima familiar e a trama dos personagens é muito bacana. E os diálogos são muito bons. Só achei que poderia trabalhar melhor os personagens.
Tim Maia (Brasil, 2013)
Direção: Mauro Lima
Cinebiografia do cantor Tim Maia, baseada no livro "Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia". O filme percorre cinquenta anos na vida do artista, desde a sua infância no Rio de Janeiro até a sua morte, aos 55 anos de idade, incluindo a passagem pelos Estados Unidos, onde o cantor descobre novos estilos musicais e é preso por roubo e posse de drogas.
Thomas: Alô, Vitória Régia, bacana essa retrospectiva da vida do velho Tim. Mas, a narração de Cauã Reymond ficou meio cansativa, tentando incluir todas as informações da vida desse gênio complexo.
Até que a Sbórnia nos separe (Brasil, 2013)
Direção: Otto Guerra, Ennio Torresan Jr.
Sbórnia é um pequeno país que sempre viveu isolado do resto do mundo, cercado por um grande muro que não permite o contato com os vizinhos. Um dia, no entanto, um acidente leva à queda do muro, e logo os sbornianos começam a descobrir os costumes modernos. Dois músicos locais, Kraunus (Hique Gomez) e Pletskaya (Nico Nicolaiewsky), observam as reações de seus conterrâneos: enquanto alguns adotam rapidamente a cultura estrangeira, outros preferem reafirmar as tradições sbornianas e resistir ao imperialismo.
Thomas: Animação irônica, apesar da história com uma linguagem infantil. Tem várias camadas ali. E muita coisa para pensar e observar.
Outras estreias:
Por uma mulher (França, 2013), de Diane Kurys
Grandes amigos (França, 2012), de Stéphan Archinard, François Prévôt-Leygonie
O melhor de mim (Estados Unidos, 2014), de Michael Hoffman
Relatos Selvagens (Argentina, 2014)
Direção: Damian Szifrón
Diante de uma realidade crua e imprevisível, os personagens deste filme caminham sobre a linha tênue que separa a civilização da barbárie. Uma traição amorosa, o retorno do passado, uma tragédia ou mesmo a violência de um pequeno detalhe cotidiano são capazes de empurrar estes personagens para um lugar fora de controle.
Thomas: Rapaz, vou te dizer, esses filmes normalmente a gente gosta de uma ou duas tramas, odeia outra e o resto é mais ou menos, certo? Errado. Aqui, todos os seis são bons filmes e conseguem nos envolver e divertir durante toda a projeção. Muito bom. Esses argentinos...
Festa no Céu (Estados Unidos, 2014)
Direção: Jorge R. Gutierrez
Três amigos brigando entre as expectativas dos pais e seus sonhos próprios serão alvo da aposta entre dois seres sobrenaturais, envolvendo-os em mistérios entre a vida e a morte, onde o amor é a chave.
Thomas: Uma animação de encher os olhos. Simulando um stop motion, com traços marcantes e muitas cores, Festa no Céu é encantadora. E a história é uma fábula bonita de amor, amizade e busca de sonhos. Gostei muito.
O Juiz (Estados Unidos, 2014)
Direção: David Dobkin
Um advogado de sucesso volta a sua cidade natal após 20 anos sem falar com o pai, para o enterro da mãe. Lá, acaba tendo que ficar para defender o progenitor de uma acusação de assassinato.
Thomas: Eu pensei que ia ver aqueles duelos de tribunal empolgantes como O Julgamento de Nuremberg ou Testemunha de Acusação. Mas, acaba que o filme é um drama familiar, que puxa bem para o lado emocional. Dá até para derramar algumas lágrimas, ainda que abuse de clichês.
Os Boxtrolls (Estados Unidos, 2014)
Direção: Graham Annable, Anthony Stacchi
Um garoto órfão, criado por estranhas e amáveis criaturinhas catadoras de lixo, tem seus amigos presos por Archibald Snatcher, o vilão da cidade. Ele elabora um plano ousado e tenta descobrir um caminho para resgatar seus amigos desse exterminador do mal. Animação baseada no livro infantil "Here Be Monsters", de Alan Snow.
Thomas: Lumi já quer deixar de ser rato para se tornar um troll. Gostei mesmo, me identifiquei com as criaturas e a incompreensão da humanidade. Ah, claro, e o fato de o queijo ser a coisa mais valiosa da cidade também. Queria um queijão que saiu rolando pelo filme. E a cena pós-créditos também foi muito boa.
Garota Exemplar (Estados Unidos, 2014)
Direção: David Fincher
Amy Dunne desaparece no dia do seu aniversário de casamento, deixando o marido Nick em apuros. Ele começa a agir descontroladamente, abusando das mentiras, e se torna o suspeito número um da polícia. Com o apoio da sua irmã gêmea, Margo, Nick tenta provar a sua inocência e, ao mesmo tempo, procura descobrir o que aconteceu com Amy.
Thomas: David Fincher sendo David Fincher. Muito bom. Suspense, tensão, viradas na trama. Até Ben Affleck tá bem, dá mais esperanças de Batman prestar.
Classificação: 1 - Péssimo, 2 - Regular, 3 - Bom, 4 - Muito Bom, 5 - Excelente