Direção: Vicente Amorim
Cinebiografia de irmã Dulce, religiosa baiana que dedicou grande parte de sua vida a ajudar os necessitados. Tendo o amor e a caridade como prioridades, ela ignora preconceitos, desconfianças, dogmas e até mesmo sua saúde frágil, sempre colocando-se à disposição do outro. Conhecida como "Anjo Bom da Bahia", ela pode se tornar a primeira santa brasileira.
Thomas: Olha, meus olhos ficaram suados, mas, mais pela freira que pelo filme em si. Acho que ele poderia ser mais emotivo, mais coração. A menina Comparato está incrível, tão incrível que prejudicou nossa avaliação em relação ao trabalho de Regina Braga. No final, é um bom filme, acho nota 3 tá bom.
Lumi: Deixa de ser chato, Thomas. O filme é lindo.
Thomas: Ah, vá. Por ela, 4. E, entre de guarda-chuva na sala que tá um chororô só...
Ventos de Agosto (Brasil, 2014)
Direção: Gabriel Mascaro
Agosto. Uma moça vinda do Rio para cuidar da avó doente, um praticante de pesca submarina, algo que vem do mar e um pesquisador de som de ventos alísios. Todos envoltos na rotina e quebra dela, de uma pacata vila de pescadores entre fortes ventos e maré alta.
Thomas: Meio documental, meio ficção, é bonito. Gosto da metáfora do mar, da vida e da morte, mas tem umas inserções meio doidas, o tal pesquisador, a forma como as coisas vão sendo conduzidas. A personagem de Dandara de Morais fica meio esquecida também, poderia ser mais.
Outras estreias:
Trinta (Brasil, 2014), de Paulo Machline
Questão de escolha (Estados Unidos, 2014), de David A.R. White
Saint Laurent (França, 2014), de Bertrand Bonello
Debi e Lóide 2 (Estados Unidos, 2014), de Bobby Farrelly, Peter Farrelly
À procura (Canadá, 2014), de Atom Egoyan
Uma viagem extraordinária (França, 2013)
Direção: Jean-Pierre Jeunet
T.S. Spivet é um garoto prodígio que ganha um prêmio científico cobiçado, mas a empresa não sabe que ele é apenas uma criança. Para buscar seu prêmio ele se joga em uma viagem clandestina pelos Estados Unidos, ao mesmo tempo que tenta esquecer o trauma da morte do irmão.
Thomas: Esse T.S. é uma figura. E o filme traz uma metáforas sinistras. Tem também minha musa Helena Bonham Carter, esquisita como sempre, investigando insetos. Mesmo sendo infantil, o filme acaba trazendo coisas bem interessantes. Lumi brigou comigo que era para dar nota cinco, mas não é pra tanto. Um bom filme apenas.
Relatos Selvagens (Argentina, 2014)
Direção: Damian Szifrón
Diante de uma realidade crua e imprevisível, os personagens deste filme caminham sobre a linha tênue que separa a civilização da barbárie. Uma traição amorosa, o retorno do passado, uma tragédia ou mesmo a violência de um pequeno detalhe cotidiano são capazes de empurrar estes personagens para um lugar fora de controle.
Thomas: Rapaz, vou te dizer, esses filmes normalmente a gente gosta de uma ou duas tramas, odeia outra e o resto é mais ou menos, certo? Errado. Aqui, todos os seis são bons filmes e conseguem nos envolver e divertir durante toda a projeção. Muito bom. Esses argentinos...
Festa no Céu (Estados Unidos, 2014)
Direção: Jorge R. Gutierrez
Três amigos brigando entre as expectativas dos pais e seus sonhos próprios serão alvo da aposta entre dois seres sobrenaturais, envolvendo-os em mistérios entre a vida e a morte, onde o amor é a chave.
Thomas: Uma animação de encher os olhos. Simulando um stop motion, com traços marcantes e muitas cores, Festa no Céu é encantadora. E a história é uma fábula bonita de amor, amizade e busca de sonhos. Gostei muito.
Boyhood - Da infância à juventude (Estados Unidos, 2014)
Direção: Richard Linklater
O filme conta a história de um casal de pais divorciados (Ethan Hawke e Patricia Arquette) que tenta criar seu filho Mason (Ellar Coltrane). A narrativa percorre a vida do menino durante um período de doze anos, da infância à juventude, e analisa sua relação com os pais conforme ele vai amadurecendo.
Thomas: Gostei muito de ver essa experiência cinematográfica. Ver os atores crescendo e envelhecendo em cena sem perder o clima familiar e a trama dos personagens é muito bacana. E os diálogos são muito bons. Só achei que poderia trabalhar melhor os personagens.
Tim Maia (Brasil, 2013)
Direção: Mauro Lima
Cinebiografia do cantor Tim Maia, baseada no livro "Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia". O filme percorre cinquenta anos na vida do artista, desde a sua infância no Rio de Janeiro até a sua morte, aos 55 anos de idade, incluindo a passagem pelos Estados Unidos, onde o cantor descobre novos estilos musicais e é preso por roubo e posse de drogas.
Thomas: Alô, Vitória Régia, bacana essa retrospectiva da vida do velho Tim. Mas, a narração de Cauã Reymond ficou meio cansativa, tentando incluir todas as informações da vida desse gênio complexo.
Até que a Sbórnia nos separe (Brasil, 2013)
Direção: Otto Guerra, Ennio Torresan Jr.
Sbórnia é um pequeno país que sempre viveu isolado do resto do mundo, cercado por um grande muro que não permite o contato com os vizinhos. Um dia, no entanto, um acidente leva à queda do muro, e logo os sbornianos começam a descobrir os costumes modernos. Dois músicos locais, Kraunus (Hique Gomez) e Pletskaya (Nico Nicolaiewsky), observam as reações de seus conterrâneos: enquanto alguns adotam rapidamente a cultura estrangeira, outros preferem reafirmar as tradições sbornianas e resistir ao imperialismo.
Thomas: Animação irônica, apesar da história com uma linguagem infantil. Tem várias camadas ali. E muita coisa para pensar e observar.
Classificação: 1 - Péssimo, 2 - Regular, 3 - Bom, 4 - Muito Bom, 5 - Excelente