Então, sem enrolação, vamos aos dez piores filmes que vi em 2014 no cinema:
Pensei um pouco antes de colocá-lo. Mas, incomoda principalmente pelo roteiro esquemático em que falta emoção. Nem falo pela interpretação de Caio Castro que consegue defender o sonho de Max, mas pela própria estrutura da progressão dramática. O pseudo drama com a personagem de Sabrina Sato (esta sim, péssima em cena) é injustificável, assim como a trajetória do judoca. Por mais que seja baseado em uma história real, é preciso saber ficcionalizar uma trama, senão não funciona. Isso sem falar que há péssimos diálogos.
Sem sei se é um filme ruim no sentido técnico. Mas, é uma obra extremamente cansativa, sem fôlego para um longa-metragem. Há pouco a ser desenvolvido e um excesso de lutas, correrias e efeitos especiais que se tornam vazios e perdem qualquer sentido de nos manter presos em frente a uma tela.
Aqui temos uma obra bem intencionada, com um roteiro que teria fôlego para questões interessantes, mas que esbarra na técnica. É impressionante como muito em Causa e Efeito nos soa amador em excesso. Fora o didatismo que insiste em acompanhar os filmes espíritas brasileiros.
Outra trama baseada em uma história real que se perde dramaturgicamente. A história é impactante, nos deixa indignados, nos envolve, mas a forma como o filme é construído acaba tornando tudo vazio, um documento feito sem habilidade para o potencial da trama.
Um filme extremamente didático, pouco criativo e bastante previsível. Assim é Confia em mim, uma obra que poderia ser mais um belo exemplar da diversificação do nosso cinema, mas que infelizmente fica apenas na tentativa.
A animação de Carlos Saldanha me encantou na primeira investida, ainda que muitos tenham reclamado. Mas, esse segundo filme que nem se passa no Rio, e sim na Amazônia, é uma sequência de erros que apela até para um jogo de futebol no meio da floresta entre pássaros que pregam a vida selvagem e a dissociação total do mundo humano. Deixa pra lá...
Outro besteirol que poderia até ser uma obra inteligente com um humor irônico que tirasse um "sarro" do nosso cinema, mas é tanta bobagem que a ideia se perde. Daqueles filmes que em vez de uma sátira se torna pior que aquilo que satiriza em uma paródia tola e cheia de apelações.
Em busca de um épico, Paul W.A. Anderson acaba caindo no caminho fácil de construir um amor em meio a uma tragédia. Mas, Pompéia não é Titanic e acaba afundando ainda mais na lava do famoso vulcão. Um filme que, pelo orçamento e equipe envolvida, se torna uma das vergonhas de 2014.
Acho que todo filme merece sua defesa. Mas, aqui está um que não deveria ter existido. Uma espécie de spin of da série, o filme vai do nada a lugar nenhum com pouca criatividade, e o pior, sem causar medo. Um filme completamente desnecessário que fica com a medalha de prata dessa lista insossa.
E o pior abacaxi de 2014 fica mesmo nas mãos brasileiras. Infelizmente. Leandro Hassum é um bom humorista, mas sua imagem está completamente desgastada, fazendo as mesmas caras e bocas de sempre. E este filme é o ápice disso, principalmente, porque não tem roteiro. Pelo menos um roteiro digno de nota, apostando todas as fichas na capacidade do ator de fazer a plateia rir com situações inusitadas. Sem dúvidas, a pior coisa que vi nos cinemas esse ano.