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O Sétimo Filho
O Sétimo Filho
Seria clichê começar essa texto falando de mais um livro para adolescentes que vira filme, com diversas semelhanças deles. Então, chamo a atenção para a similaridade de parte da trama de O Sétimo Filho com outro outro fenômeno da cultura pop: Star Wars.
Tom Ward é um fazendeiro, cansado com sua rotina enfadonha, que sonha com algo mais na vida. Até que seu destino se cruza com a de um velho mestre, que pertencia a uma ordem de cavaleiros hoje dizimada seja pela morte ou por sucumbir às trevas. O garoto fazendeiro se torna aprendiz do cavaleiro e passa a combater o mal, sendo a grande esperança de que o bem vença essa batalha. E também há um segredo em sua genealogia, mas, guardadas as proporções, não resisti à comparação.
Na verdade, O Sétimo Filho é baseado no primeiro volume da série de livros As aventuras do Caça-Feitiço. No livro O Aprendiz, Thomas, que é o sétimo filho de um sétimo filho, característica que lhe torna especial para a missão, é recrutado pelo Mestre Gregory, após diversas tentativas frustradas de treinar um sucessor. O garoto demonstra habilidades especiais, inclusive premonições e vai com o caça-feitiço na missão de derrotar Mãe Malkin, a rainha das bruxas que se libertou de uma longa prisão e quer dominar o mundo.
Não li o livro, mas nos próprios créditos os roteiristas já se protegem dos fãs mais ardorosos dizendo ser essa uma obra inspirada e não uma adaptação fiel. Muita coisa foi modificada, ficando apenas a essência do mundo onde criaturas mágicas interagem com seres humanos em uma espécie de Idade Média a la Tolkien. Bruxas e magos também podem transitar entre a luz e as trevas, ainda que tudo pareça mais raso aqui.
Aliás, esse é um dos maiores problemas do filme O Sétimo Filho, personagens extremamente rasos, sem nenhum desenvolvimento. Apenas algumas pinceladas do trio protagonista Tom, Gregory e Malkin, mas, no geral, parecem todos peças de um grande tabuleiro onde o que vale mesmo é a ação.
E, pelo menos nela, há alguma emoção. Ainda que algumas cenas caiam no clichê extremo como um rio que, do nada, acaba em uma cachoeira. As batalhas também parecem fáceis, em um ritmo de videogame no modo iniciante. É impressionante que tanto poder seja combatido de maneira quase simplória. Vide a batalha final que parece não justificar algumas preparações.
Os efeitos especiais também são bem construídos, ainda que o 3D seja problemático e vejamos alguns excessos em tela. Mas, no geral, visualmente o filme funciona, vide os belos planos gerais que nos apresentam o mundo, ou a cena inicial que promete uma tensão maior do que vemos no resto da projeção.
Ainda assim, Julianne Moore e Jeff Bridges conseguem defender com dignidade seus personagens. Mesmo com visuais extravagantes, a atriz consegue trazer verdade a Mãe Malkin, nos dando uma figura imponente e sedutora, sem cair na caricatura fácil. Assim como o ator constrói o seu velho caça-feitiço com algumas nuanças interessantes, inclusive os seus sentimentos pela feiticeira. Destaque ainda para a pequena participação de Kit Harington (o Jon Swon de Game of Thrones).
Sem grandes compromissos, O Sétimo Filho pode ser um entretenimento raso com alguma diversão. Porque é ágil, possui uma construção de efeitos interessante e uma coleção de batalhas frenéticas. Mas, enquanto filme não nos acrescenta muito, parecendo uma grande mistura de muita coisa já vista, sem um rumo que justifique tanta esforço empregado. Uma pena, parecia ter potencial para mais.
O Sétimo Filho (Seventh Son, 2014 / EUA)
Direção: Sergey Bodrov
Roteiro: Charles Leavitt, Steven Knight
Com: Ben Barnes, Julianne Moore, Jeff Bridges, Alicia Vikander
Duração: 102 min.
Tom Ward é um fazendeiro, cansado com sua rotina enfadonha, que sonha com algo mais na vida. Até que seu destino se cruza com a de um velho mestre, que pertencia a uma ordem de cavaleiros hoje dizimada seja pela morte ou por sucumbir às trevas. O garoto fazendeiro se torna aprendiz do cavaleiro e passa a combater o mal, sendo a grande esperança de que o bem vença essa batalha. E também há um segredo em sua genealogia, mas, guardadas as proporções, não resisti à comparação.
Na verdade, O Sétimo Filho é baseado no primeiro volume da série de livros As aventuras do Caça-Feitiço. No livro O Aprendiz, Thomas, que é o sétimo filho de um sétimo filho, característica que lhe torna especial para a missão, é recrutado pelo Mestre Gregory, após diversas tentativas frustradas de treinar um sucessor. O garoto demonstra habilidades especiais, inclusive premonições e vai com o caça-feitiço na missão de derrotar Mãe Malkin, a rainha das bruxas que se libertou de uma longa prisão e quer dominar o mundo.
Não li o livro, mas nos próprios créditos os roteiristas já se protegem dos fãs mais ardorosos dizendo ser essa uma obra inspirada e não uma adaptação fiel. Muita coisa foi modificada, ficando apenas a essência do mundo onde criaturas mágicas interagem com seres humanos em uma espécie de Idade Média a la Tolkien. Bruxas e magos também podem transitar entre a luz e as trevas, ainda que tudo pareça mais raso aqui.
Aliás, esse é um dos maiores problemas do filme O Sétimo Filho, personagens extremamente rasos, sem nenhum desenvolvimento. Apenas algumas pinceladas do trio protagonista Tom, Gregory e Malkin, mas, no geral, parecem todos peças de um grande tabuleiro onde o que vale mesmo é a ação.
E, pelo menos nela, há alguma emoção. Ainda que algumas cenas caiam no clichê extremo como um rio que, do nada, acaba em uma cachoeira. As batalhas também parecem fáceis, em um ritmo de videogame no modo iniciante. É impressionante que tanto poder seja combatido de maneira quase simplória. Vide a batalha final que parece não justificar algumas preparações.
Os efeitos especiais também são bem construídos, ainda que o 3D seja problemático e vejamos alguns excessos em tela. Mas, no geral, visualmente o filme funciona, vide os belos planos gerais que nos apresentam o mundo, ou a cena inicial que promete uma tensão maior do que vemos no resto da projeção.
Ainda assim, Julianne Moore e Jeff Bridges conseguem defender com dignidade seus personagens. Mesmo com visuais extravagantes, a atriz consegue trazer verdade a Mãe Malkin, nos dando uma figura imponente e sedutora, sem cair na caricatura fácil. Assim como o ator constrói o seu velho caça-feitiço com algumas nuanças interessantes, inclusive os seus sentimentos pela feiticeira. Destaque ainda para a pequena participação de Kit Harington (o Jon Swon de Game of Thrones).
Sem grandes compromissos, O Sétimo Filho pode ser um entretenimento raso com alguma diversão. Porque é ágil, possui uma construção de efeitos interessante e uma coleção de batalhas frenéticas. Mas, enquanto filme não nos acrescenta muito, parecendo uma grande mistura de muita coisa já vista, sem um rumo que justifique tanta esforço empregado. Uma pena, parecia ter potencial para mais.
O Sétimo Filho (Seventh Son, 2014 / EUA)
Direção: Sergey Bodrov
Roteiro: Charles Leavitt, Steven Knight
Com: Ben Barnes, Julianne Moore, Jeff Bridges, Alicia Vikander
Duração: 102 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
O Sétimo Filho
2015-03-11T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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