
Em ambos, temos Julie Andrews como uma babá que canta divinamente e vai influenciar a vida da família onde irá trabalhar. As semelhanças acabam por aqui. Mary Poppins, ao contrário de Maria, é um ser mágico que vem e vai quando o "vento muda de direção". Tendo como missão ajudar famílias com problemas. O senhor Banks não é viúvo, não há uma relação amorosa entre eles e as crianças não cantam.

Julie Andrews, apesar de achar exagerado o Oscar que venceu pelo papel, consegue nos dar o tom exato desse ser mágico, que não demonstra muito bem suas emoções, mas ri sincera a cada trapalhada do malandro Bert, canta e se diverte com as crianças, mas sabe ser dura e autoritária quando necessário. A forma como envolve o Sr. Banks, manipulando a situação a seu favor, chega a ser assustadora. Bem diferente da atrapalhada e sonhadora Maria.


A mistura de live action com desenho animado também é bastante divertida. A resolução fica melhor aos olhos de hoje, do que os efeitos na cena da arrumação do quarto, por exemplo, onde vemos perfeitamente a marcação do recorte para entrar a simulação dos objetos sendo animados. Até a luz fica estranha, denunciando o truque.
De qualquer maneira, a magia reina nos 139 minutos de projeção e queremos apenas curtir com eles, tomando uma colher de açúcar para ajudar o remédio a descer e dizendo supercalifragilisticoespialidoso sempre que não sabemos como nos expressar. Ou seja, um clássico que sempre encantará.
Mary Poppins (1964 / EUA)
Direção: Robert Stevenson
Roteiro: Bill Walsh, Don DaGradi
Com: Julie Andrews, Dick Van Dyke, David Tomlinson, Glynis Johns
Duração: 139 min