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Chaplin
Muito antes do Homem de Ferro, Robert Downey Jr. encarnou no cinema um dos maiores artistas que o cinema mundial já teve o prazer de eternizar. Charles Chaplin era um gênio e vê-lo mais próximo do humano nessa cinebiografia é um encanto, ainda que o filme pudesse explorar melhor todas as suas nuanças.
O filme tem como marco o Oscar honorário que ele recebeu e o próprio livro serviu de base para o roteiro do filme. Temos sua história retratada a partir da discussão do artista com seu biógrafo interpretado por Anthony Hopkins. Vemos assim, a infância difícil, os primeiros trabalhos no teatro a fama com o papel de "bêbado" , a chegada a Hollywood, suas primeiras criações, os grandes filmes, a perseguição pela acusação de comunista, o exílio. E claro, sua conturbada vida amorosa.
Ao tentar retratar tudo ao mesmo tempo, o filme acaba perdendo um pouco o foco e se tornando uma colcha de retalhos com o recurso fácil de estar discutindo a história com o escritor George Hayden. Ao mesmo tempo, a força do artista nos arrebata e nos faz sorrir com os diversos momentos sublimes como o nascimento do Vagabundo.
É interessante como Richard Attenborough torna esse momento ainda mais sublime ao brincar com as duas situações, a fantasia ideal e a realidade. Primeiro, o personagem surge como um passe de mágica, um predestinado a existir, tendo seus objetos destacados quase pulando no ator. Já a realidade nos mostra Chaplin experimentando de tudo até encontrar o seu visual perfeito.
Ambos trazem questões instigantes que ajudam a compor a própria imagem do artista e do personagem que se confundem em cena e história. Porque Carlitos, como passou a ser chamado aqui, é especial, único. Mas, é uma criação de um gênio e não apenas um passe de mágica. Por mais que a mágica aconteça quando o vemos em cena.
Apesar de destacar o gênio, o filme, no entanto, não deixa de tocar em assuntos polêmicos como as mulheres, ou melhor, as meninas que Chaplin sempre namorou. Porém, apesar de destacar esse ponto, reservando boa parte da narrativa para isso, acaba sendo superficial. Joga amor, escolhas e possível "pedofilia" sem procurar compreender melhor o ser humano ali. A questão do primeiro amor, por exemplo, é bem desenvolvida, assim como a última esposa, mas as demais relações são pouco analisadas.
Robert Downey Jr. tem a difícil tarefa de encarnar o gênio e consegue cumprir a missão de maneira incrível. Não por acaso foi indicado ao Oscar e Globo de Ouro, além de vencer o Bafta de 1993. É impressionante como ele consegue nos passar a emoção do personagem no olhar e nos pequenos gestos. Destaque também para Geraldine Chaplin que interpreta sua própria avó em cenas de grande impacto.
Chaplin é um filme que poderia ser ainda melhor, mas que consegue cumprir o papel de nos contar um pouco mais de um dos artistas mais importantes do cinema mundial. Tão perseguido e injustiçado pela Academia de Hollywood que só reconheceu seu erro anos mais tarde, na premiação especial retratada no filme.
Chaplin (Chaplin, 1992 / Reino Unido)
Direção: Richard Attenborough
Roteiro: William Boyd, Bryan Forbes, William Goldman
Com: Robert Downey Jr., Geraldine Chaplin, Paul Rhys, Anthony Hopkins, Kevin Kline, Marisa Tomei, Milla Jovovich, Dan Aykroyd, James Woods
Duração: 143 min.
O filme tem como marco o Oscar honorário que ele recebeu e o próprio livro serviu de base para o roteiro do filme. Temos sua história retratada a partir da discussão do artista com seu biógrafo interpretado por Anthony Hopkins. Vemos assim, a infância difícil, os primeiros trabalhos no teatro a fama com o papel de "bêbado" , a chegada a Hollywood, suas primeiras criações, os grandes filmes, a perseguição pela acusação de comunista, o exílio. E claro, sua conturbada vida amorosa.
Ao tentar retratar tudo ao mesmo tempo, o filme acaba perdendo um pouco o foco e se tornando uma colcha de retalhos com o recurso fácil de estar discutindo a história com o escritor George Hayden. Ao mesmo tempo, a força do artista nos arrebata e nos faz sorrir com os diversos momentos sublimes como o nascimento do Vagabundo.
É interessante como Richard Attenborough torna esse momento ainda mais sublime ao brincar com as duas situações, a fantasia ideal e a realidade. Primeiro, o personagem surge como um passe de mágica, um predestinado a existir, tendo seus objetos destacados quase pulando no ator. Já a realidade nos mostra Chaplin experimentando de tudo até encontrar o seu visual perfeito.
Ambos trazem questões instigantes que ajudam a compor a própria imagem do artista e do personagem que se confundem em cena e história. Porque Carlitos, como passou a ser chamado aqui, é especial, único. Mas, é uma criação de um gênio e não apenas um passe de mágica. Por mais que a mágica aconteça quando o vemos em cena.
Apesar de destacar o gênio, o filme, no entanto, não deixa de tocar em assuntos polêmicos como as mulheres, ou melhor, as meninas que Chaplin sempre namorou. Porém, apesar de destacar esse ponto, reservando boa parte da narrativa para isso, acaba sendo superficial. Joga amor, escolhas e possível "pedofilia" sem procurar compreender melhor o ser humano ali. A questão do primeiro amor, por exemplo, é bem desenvolvida, assim como a última esposa, mas as demais relações são pouco analisadas.
Robert Downey Jr. tem a difícil tarefa de encarnar o gênio e consegue cumprir a missão de maneira incrível. Não por acaso foi indicado ao Oscar e Globo de Ouro, além de vencer o Bafta de 1993. É impressionante como ele consegue nos passar a emoção do personagem no olhar e nos pequenos gestos. Destaque também para Geraldine Chaplin que interpreta sua própria avó em cenas de grande impacto.
Chaplin é um filme que poderia ser ainda melhor, mas que consegue cumprir o papel de nos contar um pouco mais de um dos artistas mais importantes do cinema mundial. Tão perseguido e injustiçado pela Academia de Hollywood que só reconheceu seu erro anos mais tarde, na premiação especial retratada no filme.
Chaplin (Chaplin, 1992 / Reino Unido)
Direção: Richard Attenborough
Roteiro: William Boyd, Bryan Forbes, William Goldman
Com: Robert Downey Jr., Geraldine Chaplin, Paul Rhys, Anthony Hopkins, Kevin Kline, Marisa Tomei, Milla Jovovich, Dan Aykroyd, James Woods
Duração: 143 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Chaplin
2015-11-18T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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