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Star Wars - Uma Nova Esperança
Star Wars - Uma Nova Esperança
A Força Despertou, ou pelo menos assim queremos crer que acontecerá no dia 17 de dezembro quando estreia o sétimo filme da Saga Star Wars. Como temos apenas especiais e nenhuma crítica dos seis primeiros filmes no site, resolvi fazer esse review que serve também como preparação para o dia da estreia. A primeira dúvida era em que ordem colocar os filmes: de lançamento ou cronológico? Resolvi seguir um conselho do crítico Roberto Sadovski e não fazer exatamente nenhum dos dois, mas uma ordem que faz todo sentido dentro da trama e ajuda a construir a paixão por essa Saga, chamada de Ordem Ernst Rister. E claro, tudo começa com Uma Nova Esperança.
O filme, que na época chamava Guerra nas Estrelas mesmo, impressiona em diversos aspectos, a começar pelo fato de ter sido produzido em 1977 e até hoje funcionar perfeitamente. Não o vemos com a nostalgia ou por respeito, mas porque ele conseguiu envelhecer muito bem em trama, produção e ritmo. A sua linguagem não ficou ultrapassada e ainda consegue nos encantar.
A força e magia naquela história segue o manual da Jornada do Herói criado por Joseph Campbell em O Herói de Mil Faces. George Lucas seguiu tão bem a fórmula que no livro A Jornada do Escritor, Christopher Vogler usa a obra como exemplo das etapas da Jornada. Ainda que não resolva completamente a questão do Império, o filme funciona bem enquanto obra completa com direito a final feliz. Isso também é interessante.
Não tinha nascido ainda quando Uma Nova Esperança chegou aos cinemas, mas acredito que o impacto já começou nos frames iniciais com aquela narração na tela. Só ali, George Lucas já revolucionou o cinema em alguns pontos. Começar sua obra com uma narração contextual não era novidade, claro. Mas, começar sem créditos sim. Foi uma briga dura com os sindicatos, mas ele conseguiu e isso fez toda a diferença, pois assim o espectador entra naquele universo sem avisos racionais da ficção proposta, é como se realmente aquilo fosse um convite a uma aventura. E a música de John Williams marca ainda mais o ritmo empolgante do que está por vir.
Uma Nova Esperança tem ainda dois grandes méritos no primeiro ato. Ele começa com a ação que os roteiros atuais tanto prezam, mas ao mesmo tempo é um começo de apresentação do universo. Os drones, a princesa, o vilão, os planetas, tudo está ali de uma maneira dinâmica e explicativa ao mesmo tempo. É envolvente e, quando finalmente Luke surge em tela, a trama já nos ganhou e aceitamos aquele jovem herói como o escolhido para nos guiar naquela jornada.
Impressiona também que dois dos personagens mais interessantes da trama sejam máquinas. R2D2 e C3PO consegue reunir todos os elementos de uma boa comédia, com uma dupla bastante funcional de Branco e Augusto. São o alívio cômico, mas também são extremamente funcionais dentro da trama, não seria exagero dizer que sem eles não teria filme. E ainda são comoventes em sua amizade tão forte e genuína, eles se preocupam e cuidam um dos outros. Não tem como não amá-los, mesmo sendo C3PO tão chato.
A química entre o trio Luke, Leia e Solo também funciona muito bem. Interessante que o triângulo amoroso construído nunca chegue de fato a criar um problema para as revelações futuras. Luke é o garoto ingênuo que se encanta com aquela bela princesa. Na verdade, ela é o símbolo do mundo que ele quer participar e já ama. Surge uma cumplicidade, mas não há a tensão sexual que desde o início se demonstra entre Leia e Solo.
Já Darth Vader já demonstra um pouco da sua força, mas ainda é apenas uma introdução. Ele traiu os Jedi, ele matou o pai de Luke, ele entende e usa a Força, mas ele ainda não é o braço direito do Imperador, que nem sequer aparece aqui. Pelo contrário, o vemos tendo que obedecer, inclusive calando a boca em uma reunião e sendo ameaçado pelo superior.
Mas, acima de tudo, Star Wars é uma aventura emocionante e divertida construída em várias etapas e fechando de uma maneira bem resolvida que abre as portas para um novo universo que seria cultuado ainda por muito tempo.
Star Wars - Uma Nova Esperança (Star Wars, 1977)
Direção: George Lucas
Roteiro: George Lucas
Com: Mark Hamill, Harrison Ford, Carrie Fisher, David Prowse, Alec Guinness
Duração: 121 min.
O filme, que na época chamava Guerra nas Estrelas mesmo, impressiona em diversos aspectos, a começar pelo fato de ter sido produzido em 1977 e até hoje funcionar perfeitamente. Não o vemos com a nostalgia ou por respeito, mas porque ele conseguiu envelhecer muito bem em trama, produção e ritmo. A sua linguagem não ficou ultrapassada e ainda consegue nos encantar.
A força e magia naquela história segue o manual da Jornada do Herói criado por Joseph Campbell em O Herói de Mil Faces. George Lucas seguiu tão bem a fórmula que no livro A Jornada do Escritor, Christopher Vogler usa a obra como exemplo das etapas da Jornada. Ainda que não resolva completamente a questão do Império, o filme funciona bem enquanto obra completa com direito a final feliz. Isso também é interessante.
Não tinha nascido ainda quando Uma Nova Esperança chegou aos cinemas, mas acredito que o impacto já começou nos frames iniciais com aquela narração na tela. Só ali, George Lucas já revolucionou o cinema em alguns pontos. Começar sua obra com uma narração contextual não era novidade, claro. Mas, começar sem créditos sim. Foi uma briga dura com os sindicatos, mas ele conseguiu e isso fez toda a diferença, pois assim o espectador entra naquele universo sem avisos racionais da ficção proposta, é como se realmente aquilo fosse um convite a uma aventura. E a música de John Williams marca ainda mais o ritmo empolgante do que está por vir.
Uma Nova Esperança tem ainda dois grandes méritos no primeiro ato. Ele começa com a ação que os roteiros atuais tanto prezam, mas ao mesmo tempo é um começo de apresentação do universo. Os drones, a princesa, o vilão, os planetas, tudo está ali de uma maneira dinâmica e explicativa ao mesmo tempo. É envolvente e, quando finalmente Luke surge em tela, a trama já nos ganhou e aceitamos aquele jovem herói como o escolhido para nos guiar naquela jornada.
Impressiona também que dois dos personagens mais interessantes da trama sejam máquinas. R2D2 e C3PO consegue reunir todos os elementos de uma boa comédia, com uma dupla bastante funcional de Branco e Augusto. São o alívio cômico, mas também são extremamente funcionais dentro da trama, não seria exagero dizer que sem eles não teria filme. E ainda são comoventes em sua amizade tão forte e genuína, eles se preocupam e cuidam um dos outros. Não tem como não amá-los, mesmo sendo C3PO tão chato.
A química entre o trio Luke, Leia e Solo também funciona muito bem. Interessante que o triângulo amoroso construído nunca chegue de fato a criar um problema para as revelações futuras. Luke é o garoto ingênuo que se encanta com aquela bela princesa. Na verdade, ela é o símbolo do mundo que ele quer participar e já ama. Surge uma cumplicidade, mas não há a tensão sexual que desde o início se demonstra entre Leia e Solo.
Já Darth Vader já demonstra um pouco da sua força, mas ainda é apenas uma introdução. Ele traiu os Jedi, ele matou o pai de Luke, ele entende e usa a Força, mas ele ainda não é o braço direito do Imperador, que nem sequer aparece aqui. Pelo contrário, o vemos tendo que obedecer, inclusive calando a boca em uma reunião e sendo ameaçado pelo superior.
Mas, acima de tudo, Star Wars é uma aventura emocionante e divertida construída em várias etapas e fechando de uma maneira bem resolvida que abre as portas para um novo universo que seria cultuado ainda por muito tempo.
Star Wars - Uma Nova Esperança (Star Wars, 1977)
Direção: George Lucas
Roteiro: George Lucas
Com: Mark Hamill, Harrison Ford, Carrie Fisher, David Prowse, Alec Guinness
Duração: 121 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Star Wars - Uma Nova Esperança
2015-11-14T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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