O Bom Dinossauro
Depois de Divertida Mente encantar adultos e crianças, a expectativa voltou a subir em relação a um filme da Pixar. O Bom Dinossauro acabou decepcionando nesse sentido, vide as diversas críticas negativas que ganhou. Mas, por trás dessa não aceitação, há um bom filme, com diversas metáforas, rimas e referências, como sempre. E uma concepção de arte impressionante.
Arlo é um dinossauro magrinho, frágil e medroso que não consegue cumprir as tarefas que seus pais lhe dão como seus irmãos. Ele se sente frustrado e quer mostrar seu valor, mas só consegue piorar as coisas. Perdido de casa, ele acaba encontrando Spot a quem chama de criatura e atribui toda a sua tragédia. Mas, o garotinho pré-histórico, que mais parece um lobinho, sente gratidão por Arlo e daí vai surgir uma bela amizade.
Os temas estão todos expostos. Amadurecimento, descoberta do próprio valor, coragem, amizade, família. É possível se identificar com cada um deles e refletir diante dos problemas dos personagens. Ao mesmo tempo que tem muita ação com diversos plots e pequenos desafios que entretém as crianças. Isso sempre foi uma marca da Pixar, inserir camadas em suas histórias que acaba atingindo a todas as idades.
O problema de O Bom Dinossauro, talvez, seja o fato de o roteiro não conseguir passar uma unidade tão clara no arco principal, fazendo parecer que falta fôlego para um longametragem. E assim, vemos sequências demoradas de pura correria que não fazem necessariamente a trama andar, nem acrescentam muito à curva dos personagens. E olha que o filme só tem noventa e três minutos.
Isso não quer dizer que Arlo e Spot não sejam adoráveis, assim como a trajetória de encontro dessas duas almas. É interessante ver que o dinossauro aqui é o "ser inteligente", enquanto o humano é seu "bichinho". Todos os animais falam, menos o homem. Spot fareja, rosna e uiva, andando como um lobo esperto e arisco.
Agora, o que impressiona mesmo no filme é o visual. A concepção de arte é sensacional, cenários realistas, ricos em detalhes. Concepção de personagens também incrível. E, mais do que isso, há criatividade em imagens, como um certo ataque no céu. Ângulos diversos são explorados de uma maneira impressionante.
Ou seja, há muita qualidade em O Bom Dinossauro. Pode não ser tornar dos maiores clássicos da Pixar, mas também não faz feio à sua filmografia.
O Bom Dinossauro (The Good Dinosaur, 2015 / EUA)
Direção: Peter Sohn
Argumento: Peter Sohn, Erik Benson, Meg LeFauve, Kelsey Mann, Bob Peterson
Roteiro: Meg LeFauve
Duração: 93 min.
Arlo é um dinossauro magrinho, frágil e medroso que não consegue cumprir as tarefas que seus pais lhe dão como seus irmãos. Ele se sente frustrado e quer mostrar seu valor, mas só consegue piorar as coisas. Perdido de casa, ele acaba encontrando Spot a quem chama de criatura e atribui toda a sua tragédia. Mas, o garotinho pré-histórico, que mais parece um lobinho, sente gratidão por Arlo e daí vai surgir uma bela amizade.
Os temas estão todos expostos. Amadurecimento, descoberta do próprio valor, coragem, amizade, família. É possível se identificar com cada um deles e refletir diante dos problemas dos personagens. Ao mesmo tempo que tem muita ação com diversos plots e pequenos desafios que entretém as crianças. Isso sempre foi uma marca da Pixar, inserir camadas em suas histórias que acaba atingindo a todas as idades.
O problema de O Bom Dinossauro, talvez, seja o fato de o roteiro não conseguir passar uma unidade tão clara no arco principal, fazendo parecer que falta fôlego para um longametragem. E assim, vemos sequências demoradas de pura correria que não fazem necessariamente a trama andar, nem acrescentam muito à curva dos personagens. E olha que o filme só tem noventa e três minutos.
Isso não quer dizer que Arlo e Spot não sejam adoráveis, assim como a trajetória de encontro dessas duas almas. É interessante ver que o dinossauro aqui é o "ser inteligente", enquanto o humano é seu "bichinho". Todos os animais falam, menos o homem. Spot fareja, rosna e uiva, andando como um lobo esperto e arisco.
Agora, o que impressiona mesmo no filme é o visual. A concepção de arte é sensacional, cenários realistas, ricos em detalhes. Concepção de personagens também incrível. E, mais do que isso, há criatividade em imagens, como um certo ataque no céu. Ângulos diversos são explorados de uma maneira impressionante.
Ou seja, há muita qualidade em O Bom Dinossauro. Pode não ser tornar dos maiores clássicos da Pixar, mas também não faz feio à sua filmografia.
O Bom Dinossauro (The Good Dinosaur, 2015 / EUA)
Direção: Peter Sohn
Argumento: Peter Sohn, Erik Benson, Meg LeFauve, Kelsey Mann, Bob Peterson
Roteiro: Meg LeFauve
Duração: 93 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
O Bom Dinossauro
2016-01-19T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
animacao|critica|fici2016|infantil|Peter Sohn|
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