
A trama se passa em plena Segunda Guerra Mundial. Um batalhão inglês é feito prisioneiro dos japoneses e o coronel Saito quer os obrigar a construir uma ponte sobre o rio Kwai, mas o coronel inglês não admite que altas patentes peguem no pesado alegando o código de Genebra. Muita luta de braço acontecerá, antes que japoneses e ingleses comecem a trabalhar juntos sem se dar conta do que isso significa e o que está sendo tramado pelo exército inglês para além daquele campo.

A forma irracional como o coronel Saito e o coronel Nicholson lidam com a situação dão o tom tragicômico da trama. Vamos acompanhando aquela quebra de braço, mesmo quando entram aparentemente em um acordo e percebendo que há uma escalada na loucura de ambos. Os dois levam a sério demais seus próprios princípios. E chega a ser admirável que, apesar de tudo isso, os comandados de ambos continuem seguindo suas ordens sem questionar.

Apesar de ter quase três horas de duração, a narrativa flui de uma maneira extremamente ágil. David Lean tem a capacidade de nos envolver em grandes épicos vide Lawrence da Arábia e Doutor Jivago. E aqui não fica atrás, dosando bem as cenas de discussão com as de ação, fazendo sempre a narrativa andar de uma maneira criativa e surpreendente.
Há tensão, há drama, há comédia em A Ponte do Rio Kwai, mas há, principalmente, uma crítica forte e incisiva à guerra e ao orgulho humano. Não por acaso se tornou um clássico do cinema mundial. E claro, a emblemática música que abre e fecha a trama acaba resumindo o retrato do exército inglês. Não importa o que está acontecendo, assobie e marche.
A Ponte do Rio Kwai (The Bridge on the River Kwai, 1957 / Reino Unido)
Direção: David Lean
Roteiro: Carl Foreman
Com: William Holden, Alec Guinness, Jack Hawkins
Duração: 161 min.
Hugo · 471 semanas atrás
O personagem de William Holden é o mais próximo da realidade, pois como todo ser humano, deseja primeiro salvar sua vida.
É um belíssimo filme.
Bjos
Amanda_Aouad 118p · 471 semanas atrás
bjs