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Os Caça-Fantasmas
Os Caça-Fantasmas
Este ano teremos as Caça-Fantasmas, versão feminina da trupe dos anos 80 que divertiu muita gente em busca de seres sobrenaturais. Bom momento, então, para relembrar as aventuras de Egon, Peter, Ray e Winston.
O primeiro filme de 1984 já se tornou um clássico moderno, ainda que como técnica fílmica não seja bem realizado. Tem, inclusive efeitos especiais extremamente datados. Mas, é acima de tudo divertido e se torna um ótimo entretenimento ainda hoje.
É um mundo de fantasia, onde fantasmas são pegos por máquinas bem elaboradas e arquivados como objetos palpáveis. Tentar encontrar lógica científica no roteiro é mesmo perda de tempo. Assim como toda a trama de Zuul com sua aparência a ser escolhida, seu porteiro e o guardião da chave.
Toda a trama do deus sumério é criada pelos roteiristas Dan Aykroyd e Harold Ramis. E é impressionante como ela é rica em detalhes, não apenas quando ficamos conhecendo a origem de Zuul, mas também pelas falas e apresentações de seu porteiro e seu guardião, que encarnam nos personagens de Sigourney Weaver e Rick Moranis.
Mais do que uma trama, Os Caça-Fantasmas tem ótimos personagens, que são muito bem defendidos pelo elenco. As personalidades se completam de uma maneira divertida e cativante. Peter é o cientista picareta, Egon, o CDF, Ray, o empolgado e Winston, o crente que caiu de paraquedas ali apenas pelo emprego. Isso sem falar na divertida Janine. E os dois vizinhos completam essa bela fórmula com esquetes divertidas e memoráveis.
Ainda que com uma tecnologia limitada que torna os efeitos especiais da época datados, Ivan Reitman é criativo na condução das situações, usando muito o fora de tela, com insinuações e suspense. Falar de fantasmas sem mostrá-los, seria complicado, então, há criatividade também na construção dos elos e situações de embate, como os feitos com Geléia que acabou sendo importante na série animada.
Os Caça-Fantasmas é daqueles filmes divertidos sem maiores compromissos, mas que marcaram uma época e ainda hoje funciona. A cena da batalha com Zuul, por exemplo, continua na mente de muitas pessoas e é um símbolo do que esse grupo representa. Uma mistura de ciência e fé na diversão. Vamos torcer para a versão feminina manter a aura dos rapazes.
P.S. Como curiosidade, a campanha de divulgação do filme na época trazia um número de telefone que quando ligado dava para ouvir uma gravação com as vozes dos atores dizendo que estavam em missão e que era pra ligar mais tarde, trazendo um pouco do universo fílmico para a realidade.
Os Caça-Fantasmas (Ghost Busters, 1984 / EUA)
Direção: Ivan Reitman
Roteiro: Dan Aykroyd, Harold Ramis
Com: Bill Murray, Dan Aykroyd, Sigourney Weaver, Harold Ramis, Rick Moranis, Annie Potts, Ernie Hudson
Duração: 105 min.
O primeiro filme de 1984 já se tornou um clássico moderno, ainda que como técnica fílmica não seja bem realizado. Tem, inclusive efeitos especiais extremamente datados. Mas, é acima de tudo divertido e se torna um ótimo entretenimento ainda hoje.
É um mundo de fantasia, onde fantasmas são pegos por máquinas bem elaboradas e arquivados como objetos palpáveis. Tentar encontrar lógica científica no roteiro é mesmo perda de tempo. Assim como toda a trama de Zuul com sua aparência a ser escolhida, seu porteiro e o guardião da chave.
Toda a trama do deus sumério é criada pelos roteiristas Dan Aykroyd e Harold Ramis. E é impressionante como ela é rica em detalhes, não apenas quando ficamos conhecendo a origem de Zuul, mas também pelas falas e apresentações de seu porteiro e seu guardião, que encarnam nos personagens de Sigourney Weaver e Rick Moranis.
Mais do que uma trama, Os Caça-Fantasmas tem ótimos personagens, que são muito bem defendidos pelo elenco. As personalidades se completam de uma maneira divertida e cativante. Peter é o cientista picareta, Egon, o CDF, Ray, o empolgado e Winston, o crente que caiu de paraquedas ali apenas pelo emprego. Isso sem falar na divertida Janine. E os dois vizinhos completam essa bela fórmula com esquetes divertidas e memoráveis.
Ainda que com uma tecnologia limitada que torna os efeitos especiais da época datados, Ivan Reitman é criativo na condução das situações, usando muito o fora de tela, com insinuações e suspense. Falar de fantasmas sem mostrá-los, seria complicado, então, há criatividade também na construção dos elos e situações de embate, como os feitos com Geléia que acabou sendo importante na série animada.
Os Caça-Fantasmas é daqueles filmes divertidos sem maiores compromissos, mas que marcaram uma época e ainda hoje funciona. A cena da batalha com Zuul, por exemplo, continua na mente de muitas pessoas e é um símbolo do que esse grupo representa. Uma mistura de ciência e fé na diversão. Vamos torcer para a versão feminina manter a aura dos rapazes.
P.S. Como curiosidade, a campanha de divulgação do filme na época trazia um número de telefone que quando ligado dava para ouvir uma gravação com as vozes dos atores dizendo que estavam em missão e que era pra ligar mais tarde, trazendo um pouco do universo fílmico para a realidade.
Os Caça-Fantasmas (Ghost Busters, 1984 / EUA)
Direção: Ivan Reitman
Roteiro: Dan Aykroyd, Harold Ramis
Com: Bill Murray, Dan Aykroyd, Sigourney Weaver, Harold Ramis, Rick Moranis, Annie Potts, Ernie Hudson
Duração: 105 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Os Caça-Fantasmas
2016-03-07T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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