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Jake Gyllenhaal
Oona Laurence
Rachel McAdams
Nocaute
Nocaute
Filmes de queda e redenção não são novidade, ainda mais em filmes de boxe. Mas, apesar das inúmeras referências, Nocaute acaba prendendo a nossa atenção, seja pelas lutas bem orquestradas ou pela atuação de Jake Gyllenhaal que nos passa uma verdade em sua dor e busca por conter seus impulsos.
Billy Hope é um lutador admirável. Grande campeão, com os títulos unificados, tem uma vida estável, uma bela mulher que o ama e uma linda filha. Um final perfeito para uma infância difícil em um orfanato. Porém, a insistência de um desafeto por lutar com ele vai resultar em uma tragédia que muda sua vida para sempre. Agora, ele terá que reaprender a viver e lutar, inclusive pela guarda e amor de sua filha.
Esse é um dos pontos principais do filme: as atitudes impulsivas e as conseqüências disso. Mais um psicólogo que um treinador, o personagem de Forest Whitaker, Titus Willis, irá ensinar Billy a conter seus impulsos e agir de maneira mais racional. Ele sempre foi um lutador que se entregou de cabeça e nunca soube se defender. No melhor estilo que a defesa é o melhor ataque, Titus Willis também vai ensinar seu lutador a se defender dos adversários no ringue e na vida.
O melodrama que é construído com a família de Hope tem momentos interessantes. Seja na confusão da saída da fatídica festa ou nas tentativas de visitas à filha, há uma intensidade verdadeira ali que não apela para o sentimentalismo, mas nos mostra uma dor, um desespero que nos toca e cria empatia diante dos fatos.
Mas, o que envolve mesmo na trama é quando Billy está no ringue. A orquestração das câmeras, o jogo de golpes, o sangue, os ferimentos, tudo passa uma verdade que impressiona e empolga. Como os bons filmes de Rocky, onde apanhar não é necessariamente sinal de fraqueza.
Ainda assim, Nocaute está longe de se tornar um clássico do gênero. Apesar da empatia com a história e a boa entrega de Jake Gyllenhaal, é uma espécie genérica que não entrega necessariamente nada de novo ou único. Um filme como muitos que vemos por aí, seja em roteiro, direção ou detalhes técnicos.
De qualquer maneira, é um filme bem feito, honesto, com boas atuações e algumas cenas marcantes que no final nos deixam uma sensação gostosa de uma boa obra e um bom divertimento.
Nocaute (Southpaw, 2015 / EUA)
Direção: Antoine Fuqua
Roteiro: Kurt Sutter
Com: Jake Gyllenhaal, Rachel McAdams, Forest Whitaker, 50 Cent, Oona Laurence
Duração: 124 min.
Billy Hope é um lutador admirável. Grande campeão, com os títulos unificados, tem uma vida estável, uma bela mulher que o ama e uma linda filha. Um final perfeito para uma infância difícil em um orfanato. Porém, a insistência de um desafeto por lutar com ele vai resultar em uma tragédia que muda sua vida para sempre. Agora, ele terá que reaprender a viver e lutar, inclusive pela guarda e amor de sua filha.
Esse é um dos pontos principais do filme: as atitudes impulsivas e as conseqüências disso. Mais um psicólogo que um treinador, o personagem de Forest Whitaker, Titus Willis, irá ensinar Billy a conter seus impulsos e agir de maneira mais racional. Ele sempre foi um lutador que se entregou de cabeça e nunca soube se defender. No melhor estilo que a defesa é o melhor ataque, Titus Willis também vai ensinar seu lutador a se defender dos adversários no ringue e na vida.
O melodrama que é construído com a família de Hope tem momentos interessantes. Seja na confusão da saída da fatídica festa ou nas tentativas de visitas à filha, há uma intensidade verdadeira ali que não apela para o sentimentalismo, mas nos mostra uma dor, um desespero que nos toca e cria empatia diante dos fatos.
Mas, o que envolve mesmo na trama é quando Billy está no ringue. A orquestração das câmeras, o jogo de golpes, o sangue, os ferimentos, tudo passa uma verdade que impressiona e empolga. Como os bons filmes de Rocky, onde apanhar não é necessariamente sinal de fraqueza.
Ainda assim, Nocaute está longe de se tornar um clássico do gênero. Apesar da empatia com a história e a boa entrega de Jake Gyllenhaal, é uma espécie genérica que não entrega necessariamente nada de novo ou único. Um filme como muitos que vemos por aí, seja em roteiro, direção ou detalhes técnicos.
De qualquer maneira, é um filme bem feito, honesto, com boas atuações e algumas cenas marcantes que no final nos deixam uma sensação gostosa de uma boa obra e um bom divertimento.
Nocaute (Southpaw, 2015 / EUA)
Direção: Antoine Fuqua
Roteiro: Kurt Sutter
Com: Jake Gyllenhaal, Rachel McAdams, Forest Whitaker, 50 Cent, Oona Laurence
Duração: 124 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Nocaute
2016-04-04T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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