
Billy Hope é um lutador admirável. Grande campeão, com os títulos unificados, tem uma vida estável, uma bela mulher que o ama e uma linda filha. Um final perfeito para uma infância difícil em um orfanato. Porém, a insistência de um desafeto por lutar com ele vai resultar em uma tragédia que muda sua vida para sempre. Agora, ele terá que reaprender a viver e lutar, inclusive pela guarda e amor de sua filha.


Mas, o que envolve mesmo na trama é quando Billy está no ringue. A orquestração das câmeras, o jogo de golpes, o sangue, os ferimentos, tudo passa uma verdade que impressiona e empolga. Como os bons filmes de Rocky, onde apanhar não é necessariamente sinal de fraqueza.
Ainda assim, Nocaute está longe de se tornar um clássico do gênero. Apesar da empatia com a história e a boa entrega de Jake Gyllenhaal, é uma espécie genérica que não entrega necessariamente nada de novo ou único. Um filme como muitos que vemos por aí, seja em roteiro, direção ou detalhes técnicos.
De qualquer maneira, é um filme bem feito, honesto, com boas atuações e algumas cenas marcantes que no final nos deixam uma sensação gostosa de uma boa obra e um bom divertimento.
Nocaute (Southpaw, 2015 / EUA)
Direção: Antoine Fuqua
Roteiro: Kurt Sutter
Com: Jake Gyllenhaal, Rachel McAdams, Forest Whitaker, 50 Cent, Oona Laurence
Duração: 124 min.