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A Era do Gelo: O Big Bang

A Era do Gelo: O Big Bang - filme

Quando uma série começa a perder as contas do número de sequências no título, pode ser indício de mau sinal. Já foram tantas tentativas dentro daquele universo que personagens e tramas se esgotaram. É o caso de A Era do Gelo onde nem o esquilo Scrat consegue se salvar do cansaço nessa última aventura.

A ideia original era muito boa. Era Glacial, êxodo, animais tentando se adaptar. Em paralelo, as aventuras de Scrat atrás de uma noz. Suas artimanhas para tentar consegui-la, acabava por fazer estragos na natureza, como a divisão da Pangea. Então, o problema é que, a cada novo capítulo, essa mesma história se repete, sem muita novidade, a não ser o acréscimo de uma personagem ou outra, além de pequenas adaptações nas situações. E isso se torna cansativo.

A Era do Gelo: O Big Bang - filmeEm A Era do Gelo: O Big Bang não é diferente. Só que agora Scrat está no espaço e vira responsável pela reorganização da Via Láctea. Já na Terra, os animais tem que impedir que um asteróide destrua a todos. Para isso, precisam ir até um local específico (olha o êxodo novamente) para descobrir o que faz com que os asteróides sejam atraídos para ali e como fazer para detê-lo.

Tirando isso, tudo igual a antes. Manny continua nervoso, Sid carente e Diego mal humorado. Esposas, vovó e outras espécies familiares também continuam. A trama da vez, no entanto, é Manny e Ellie tendo que lidar com o crescimento da filha, o surgimento do namorado e o desejo de sair pelo mundo com ele. Principalmente o mamute que, como todo pai, tem ciúmes de sua menina.

A Era do Gelo: O Big Bang - filmeIsso cria um certo paradoxo na faixa etária do filme, já que são temas mais adolescentes, enquanto que o tom da obra está ainda mais infantil. Como a cabine foi com convidados além da imprensa, pudemos acompanhar, a contragosto, crianças chorando e ficando impacientes em alguns momentos, mas também pulando e dando risada cada vez que alguém batia a cabeça ou fazia alguma bobagem.

O fato é que o filme não se esforça para ser algo mais. Para criar arcos bem desenvolvidos, ou aprofundar personagens. Nem mesmo para dosar bem as camadas de imersão do roteiro. Pois, fazer um filme que agrade a todos não é criar núcleos com "idades" distintas, mas fazer com que uma mesma situação possa ser entendida na superficialidade das cores e movimentos, mas também traga subtextos e referências que alguns possam ter uma experiência a mais. Aliás, os poucos momentos divertidos foram as poucas brincadeiras com referências externas como a cena de Armagedom.

O que ficou claro com esse quinto filme é que a série já deu o que tinha que dar. Pelo menos, enquanto eles insistirem em simplesmente repetir fórmulas com uma maquiagem de nova trama. Fazer uma sequência é mais do que isso. E não é só a Pixar que pode servir de exemplo nesse quesito, vide a segunda aventura de Como Treinar o Seu Dragão. Infelizmente, desde o segundo filme A Era do Gelo demonstrou que não queria ir muito além do que já tinha conquistado.



A Era do Gelo: O Big Bang (Ice Age: Collision Course, 2016 / EUA)
Direção: Mike Thurmeier, Galen T. Chu
Roteiro: Michael Berg, Yoni Brenner, Aubrey Solomon, Michael J. Wilson
Duração: 94 min.

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