
Molly, a monstrinha traz uma jornada de descobrimento com uma linguagem bastante simples. Voltada para as crianças bem pequenas na faixa pré-escolar, pode cansar os adultos, mas não deixa de ter sua beleza.
Molly está ansiosa com uma novidade em sua família. Sua mãe acaba de colocar um ovo e, em breve, ela terá um irmão para brincar. Seu amigo Edison, um brinquedo de corda com vida própria, fica com ciúmes e teme perder a amiga. Mas o que incomoda mesmo Molly é o fato dela não poder ir com seus pais para a ilha dos ovos ver seu irmão nascer. E um detalhe faz com que a monstrinha se jogue em uma incrível jornada de buscas e descobertas.

Apesar de trazer um universo de monstros, o filme acaba construindo metáforas com a própria realidade das crianças, o que ajuda na identificação. Os pais, o nascimento de um novo membro da família, os tios que chegam para cuidar de Molly enquanto os pais vão para a ilha (maternidade), os jogos e brincadeiras propostos. Tudo nos faz relacionar com o próprio dia a dia de uma criança.

A animação também traz traços simples com desenhos que possam trazer semelhanças com os traços das próprias crianças ao começar a desenhar. Mas é interessante ver que isso está nas personagens, mas não nos cenários e objetos que possuem um acabamento mais detalhado, inclusive com texturas. Tudo é ainda muito colorido algo que chama a atenção dos pequenos.
E, claro, durante a aventura, vemos diversos números musicais, algo que parece atrair muito as crianças na fase pré-escolar. Elas ainda não se fixam tanto na história, em uma curva dramática, mas adoram acompanhar a movimentação. E a música é uma forma sempre eficaz de comunicação.
Por fim, Molly, a monstrinha é uma animação para crianças, sem demérito nenhum por isso. Bem feita e com mensagens positivas, de valorização da família e amizade. Daquelas que os pequenos vão se divertir.
Filme visto no 14º Festival Internacional de Cinema Infantil - FICI.
Molly, a monstrinha (Ted Sieger's Molly Monster, 2016 / Alemanha)
Direção: Matthias Bruhn, Michael Ekbladh, Ted Sieger
Roteiro: John Chambers
Duração: 70 min.