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Molly, a monstrinha
Molly, a monstrinha
Molly, a monstrinha traz uma jornada de descobrimento com uma linguagem bastante simples. Voltada para as crianças bem pequenas na faixa pré-escolar, pode cansar os adultos, mas não deixa de ter sua beleza.
Molly está ansiosa com uma novidade em sua família. Sua mãe acaba de colocar um ovo e, em breve, ela terá um irmão para brincar. Seu amigo Edison, um brinquedo de corda com vida própria, fica com ciúmes e teme perder a amiga. Mas o que incomoda mesmo Molly é o fato dela não poder ir com seus pais para a ilha dos ovos ver seu irmão nascer. E um detalhe faz com que a monstrinha se jogue em uma incrível jornada de buscas e descobertas.
A animação é bem simples, com uma linguagem infantil sem muitas camadas. É interessante perceber que Molly não tem inimigos, nem obstáculos muito complicados. Não há um vilão na obra. Apesar das etapas a cumprir, todos parecem ajudar a monstrinha em sua jornada. Aliás, todos parecem conhecê-la, o que é fantasioso, mas não deixa de ser divertido.
Apesar de trazer um universo de monstros, o filme acaba construindo metáforas com a própria realidade das crianças, o que ajuda na identificação. Os pais, o nascimento de um novo membro da família, os tios que chegam para cuidar de Molly enquanto os pais vão para a ilha (maternidade), os jogos e brincadeiras propostos. Tudo nos faz relacionar com o próprio dia a dia de uma criança.
A própria relação de Molly e Edison traz questões interessantes. A relação de melhor amigo, o ciúmes com a chegada uma terceira pessoa são coisas comuns. O brinquedo ter vida é também uma espécie de fantasia divertida que toda criança tem. E Edison pode também cumprir a função de um bichinho de estimação, que não deixa de ser o melhor amigo da criança também e sempre sente com a chegada de um bebê na casa.
A animação também traz traços simples com desenhos que possam trazer semelhanças com os traços das próprias crianças ao começar a desenhar. Mas é interessante ver que isso está nas personagens, mas não nos cenários e objetos que possuem um acabamento mais detalhado, inclusive com texturas. Tudo é ainda muito colorido algo que chama a atenção dos pequenos.
E, claro, durante a aventura, vemos diversos números musicais, algo que parece atrair muito as crianças na fase pré-escolar. Elas ainda não se fixam tanto na história, em uma curva dramática, mas adoram acompanhar a movimentação. E a música é uma forma sempre eficaz de comunicação.
Por fim, Molly, a monstrinha é uma animação para crianças, sem demérito nenhum por isso. Bem feita e com mensagens positivas, de valorização da família e amizade. Daquelas que os pequenos vão se divertir.
Filme visto no 14º Festival Internacional de Cinema Infantil - FICI.
Molly, a monstrinha (Ted Sieger's Molly Monster, 2016 / Alemanha)
Direção: Matthias Bruhn, Michael Ekbladh, Ted Sieger
Roteiro: John Chambers
Duração: 70 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Molly, a monstrinha
2016-10-22T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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