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Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Um dos mais importantes e tradicionais festivais de cinema do país completa 50 anos. O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro chega à sua edição festiva repleta de retrospectivas especiais e com o mesmo fôlego por novidades prometendo ser mesmo um momento histórico.

A abertura acontece no dia 15 com a exibição inédita no país de “Não devore meu coração!”, filme de Felipe Bragança que foi destaque em importantes festivais como Sundance e Berlim. Já a noite de encerramento será marcada pela première de “Abaixo a gravidade”, novo filme do cineasta baiano Edgard Navarro que em 2005 levou sete Candangos com seu primeiro longa-metragem, "Eu me lembro".

A mostra competitiva está bem variada e vinda de quatro regiões do país. São nove longas e 12 curtas-metragens, com representantes de 10 estados brasileiros, tendo como destaque “Era uma vez Brasília”, de Adirley Queirós, que já ganhou um Candango por Branco Sai, Preto Fica e que sempre leva um grande público ao Cine Brasília vindo das cidades satélites que representa.

Já a Mostra "50 anos em 5 dias" busca resgatar obras que passaram por esses cinquenta anos de festivais e que possam representar o seu espírito, não restringindo à escolha a premiados nas edições passadas, mas por filmes que fossem considerados hoje marcos do cinema brasileiro. Foi uma seleção que buscou também dar conta da diversidade de regiões e gerações que um festival com tantas edições representa, chegando assim a nove longas e nove curtas com títulos como "Santo Forte", "A Hora da Estrela", "O bandido da luz vermelha" e "A hora e a vez de Augusto Matraga". E curtas como "Rota ABC", "Recife Frio" e "Blá, Blá, Blá".

Uma das novidades dessa edição é o FestUniBrasília. A programação inclui duas sessões com curtas-metragens de até 15 minutos, produzidos entre 2015 e 2017, dirigidos por universitários de faculdades brasileiras de cinema e audiovisual. Os vinte filmes selecionados concorrem a três troféus Candango. Uma forma louvável de aproximar a universidade dos desejados circuitos de festivais.

Outra novidade é a Mostra Futuro Brasil, que traz sessões fechadas de filmes ainda não finalizados que serão exibidos apenas para curadores e representantes de grandes festivais internacionais convidados. Uma forma de criar uma estratégia internacional antes mesmo da finalização da obra que já vem sendo feita em diversos festivais pelo mundo como o mercado paralelo de Cannes que traz sessões “work in progress”.

Além do encerramento com Navarro, a Bahia marca presença no festival em diversas mostras chamando a nossa atenção. Na mostra competitiva tem o Longa-metragem “Café com Canela”, de Ary Rosa e Glenda Nicácio e o Curta-Metragem “Mamata”, de Marcus Curvelo, do coletivo Cual – Coletivo Urgente de Audiovisual. Já na mostra universitária que corre em paralelo são quatro obras “Fervendo” de Camila Gregório, “O Arco do Medo”, de Juan Rodrigues, “Latossolo”, de Michel Santos e “Com os Pés no Chão”, de Marise Urbano. Tem ainda "Ser Tão Cinzento” de Henrique Dantas e “O Cinema Foi à Feira” de Paulo Hermida na Mostra Especial "50 anos em 5 dias", “Diários de Classe”, de Maria Carolina da Silva e Igor Souza na Mostra Esses Corpos Indóceis, “Guerra de Algodão”, da dupla Marília Hughes e Cláudio Marques na Mostra Futuro Brasil e ainda "O jovem príncipe" de Ducca Rios no Festivalzinho.

E o CinePipocaCult estará na capital brasileira para fazer a cobertura do evento. Acompanhem.

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