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Sobrenatural: A Última Chave
Sobrenatural: A Última Chave
Paradoxos de uma série de filmes: Elise Rainier é a melhor personagem de Insidious. Mas o melhor filme da série é o que a personagem menos aparece, o segundo. Já Sobrenatural: A Última Chave chega com a promessa no título de fechamento do universo, mas acaba abrindo brecha para intermináveis explorações do mesmo.
Após acompanharmos, no terceiro filme, uma missão da médium quando estava inciando o seus trabalhos de "caça-fantasmas", retornamos a sua infância para conhecer um pouco mais sobre sua origem. E, então, a trama avança para 2010, quando ela enfrenta parte do seu passado, retornando à casa onde passou a sua infância.
Ainda que a personagem seja instigante e a atriz Lin Shaye a defenda muito bem, o roteiro simplesmente não engata. Há muitas pontas soltas, pouca coisa crível e algumas resoluções quase infantis. Simplesmente não dá para embarcar nessa premissa sem questionar o tempo todo algumas explicações.
Os dois ajudantes de Elise também continuam lá, abobalhados, mas funcionais, no apoio à médium. Acrescentou-se agora algumas piadinhas machistas, já que ambos ficam encantados com as belas sobrinhas de Elise. Eles, no entanto, não são o maior problema da obra.
Adam Robitel parece mais preocupado em construir pegadinhas de susto fácil para o espectador pular da cadeira do que em construir uma atmosfera efetivamente de terror. O suspense é quase nulo, com sequências bobas de repetição de erros, que só seguindo o script para agir daquela maneira.
Ainda que crie alguns links com os demais filmes e aprofunde a personagem Elise, o filme é raso em excesso. Está ali apenas para explorar um pouco mais o rico universo com soluções frágeis e apelativas. O que não deixa de ser uma pena diante das possibilidades.
O filme toca em temas que poderiam ser melhor explorados, como a própria questão da mediunidade, sua responsabilidade e a descrença dos outros. Algo que foi bem explorado na série Invocação do Mal. Tem também a questão da violência doméstica, o papel da mulher e os valores familiares. Porém, tudo isso se perde de maneira simplista com o demônio e sua porta vermelha.
Sobrenatural: A Última Chave é o filme que poderia ter sido. Tem um universo potencial, uma ótima personagem, porém explora pouco suas potencialidades, resumindo-se a um filme de sustos fáceis e esquecíveis.
Sobrenatural: A Última Chave (Insidious: The Last Key, 2018 / EUA)
Direção: Adam Robitel
Roteiro: Leigh Whannell
Com: Lin Shaye, Leigh Whannell, Angus Sampson
Duração: 103 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Sobrenatural: A Última Chave
2018-01-19T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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