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Kéfera Buchmann
Pedro Amorim
Eu Sou Mais Eu
Eu Sou Mais Eu
Kéfera Buchmann é um fenômeno, não há como negar. A Youtuber conquistou um público fiel e agora começa a traçar sua carreira de atriz, sonho que sempre teve em mente. Depois de filmes como É Fada, Gosto se discute e O amor de Catarina, além de estrear em uma novela da Rede Globo, ela parece ter acertado na protagonista ideal para o seu público.
Eu Sou Mais Eu é clichê, verdade, traz estereótipos das comédias adolescentes dos anos 80 e um alinhamento com o pensamento dos anos 90 quando nerds e losers começaram a ser melhor vistos em tela. A fórmula também não é nem um pouco original. No próprio filme, a personagem compara com “De repente 30”, ainda que a inversão aqui seja na lógica de “Dezessete Outra Vez” ou “Camille Outra Vez”. Mas não deixa de ser uma proposta honesta.
Kéfera faz Camila Mendes, uma pop star arrogante que está lançando um novo hit e se prepara para carreira internacional quando encontra uma estranha fã e retorna ao ano de 2004 quando era uma adolescente estranha, que sofria bullying na escola e tinha como único amigo o também estranho, Cabeção, interpretado por João Côrtes.
A estrutura de aprendizado, então, segue a velha lógica de resgatar suas raízes e compreender sua essência para descobrir o que verdadeiramente importa em sua vida. Como disse, é clichê, segue uma fórmula e exagera nos estereótipos, mas traz um envolvimento honesto para o público em questão. Tem também algumas piadas e tiradas divertidas envolvendo o ator Arthur Kohl, ainda que exagere em alguns pontos como na cena em que Camila dá conselhos à mãe.
Fazendo piadas com o início dos anos 2000, com os celulares antigos, as modas e músicas, o filme envolve sua plateia com situações divertidas como quando cita o hit da época Ragatanga do grupo Rouge ou quando fala sobre o fim das videolocadoras e outras mudanças de hábitos, incluindo a rede social Orkut. Mas, ainda assim, o roteiro é raso, não aprofundando nem explorando melhor as tendências e a moral da obra de “ser você mesmo”.
A direção de Pedro Amorim é correta, reforçando o seu timing já demonstrado em outras obras como Mato Sem Cachorro e Divórcio, porém parece faltar também a obra um certo brilho, sendo construída em uma espécie de piloto automático apenas para cumprir o objetivo proposto.
De qualquer maneira, é uma obra honesta dentro da sua proposta e que dá espaço para que Kéfera brilhe como popstar que é, ainda que possamos discutir o seu talento, principalmente como cantora, já que ela canta em cena. Ou mesmo pelas caras e bocas que repete, principalmente como a adolescente esquisita do início. Não importa, o seu público a idolatra e bateu palmas vibrando ao final da sessão.
Eu Sou Mais Eu (Eu Sou Mais Eu, 2019 / Brasil)
Direção: Pedro Amorim
Roteiro: L.G. Bayão e Angélica Lopes
Com: Kéfera Buchmann, João Côrtes, Flávia Garrafa, Giovanna Lancellotti, Arthur Kohl
Duração: 98 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Eu Sou Mais Eu
2019-02-05T09:12:00-03:00
Amanda Aouad
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