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Turma da Mônica: Laços
Turma da Mônica: Laços
Quando foi anunciado um filme live action da Turma da Mônica soou estranho. Afinal, a turminha que se popularizou nas histórias em quadrinhos há tempos merecia um longa-metragem em animação mais consistente, já que a única obra longa foi o filme de 1984, A Princesa e o Robô. Os demais são compilações de curtas. Um filme com pessoas reais era um risco, mas Laços cumpre seu propósito.
Baseado na graphic novel de Vitor e Lu Cafaggi, a trama gira em torno do sumiço de Floquinho, o cãozinho de Cebolinha, mas aproveita esse arco para mergulhar no rico universo criado por Maurício de Sousa, trabalhando a personalidade dos protagonistas com muita delicadeza e trazendo também referências diversas de personagens e situações. Isso torna a obra mais envolvente para todas as idades, já que brinca com as referências.
Das participações, o destaque fica por conta de Rodrigo Santoro encarnando o personagem Louco com muita entrega e desenvoltura. A dinâmica dele com o ator mirim Kevin Vechiatto, que faz o Cebolinha é muito boa, nos fazendo viajar nas referências e alucinações como as divertidas esquetes dos quadrinhos. Só dele chamar o garoto de “ Cenourinha” já carrega a nostalgia.
As quatro crianças estão muito bem, conseguindo passar a emoção com bastante verdade e construindo uma química ótima entre eles. A amizade e entrosamento deles é crível e gostoso de acompanhar. E cada um conseguiu trazer as principais características das personagens para a tela mesmo nas situações overs como Magali comendo em excesso, Cascão fugindo da água, Cebolinha falando “elado” e Mônica girando seu coelhinho nervosa.
O roteiro de Thiago Dottori acaba sendo mais leve que a graphic novel, trazendo a obra para um público mais infantil, porém sem deixar de trabalhar algumas camadas. E, claro, ele acaba atingindo todas as idades pelas referências, chegando a diversas gerações de brasileiros.
Chama a atenção a direção de Daniel Rezende que, após Bingo, confirma o seu talento na condução de uma obra. Os planos são bem cuidados e criativos, com uma fotografia que explora bem os cenários, construindo essa mágica do universo do conhecido bairro do Limoeiro.
As cenas na floresta também são bem orquestradas, ainda que perca o ritmo em determinado momento, como se não houvesse fôlego para alongar a jornada ou não conseguisse explorar tão bem a travessia sem deixar o tom um pouco mais denso.
De qualquer maneira, Turma da Mônica Laços, título final da obra, não decepciona. É um filme infantil bem cuidado, que cumpre o seu objetivo principal. Além de ser um deleite para os fãs de todas as idades que reconhecem suas referências.
Turma da Mônica: Laços (Laços, 2019 / Brasil)
Direção: Daniel Rezende
Roteiro: Thiago Dottori
Com: Giulia Benitte, Kevin Vechiatto, Laura Rauseo, Gabriel Moreira, Rodrigo Santoro, Paulo Vilhena, Monica Iozzi
Duração: 97 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Turma da Mônica: Laços
2019-06-27T09:45:00-03:00
Amanda Aouad
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