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Lisbela e o Prisioneiro
Lisbela e o Prisioneiro
Lisbela e o Prisioneiro, dirigido por Guel Arraes e lançado em 2003, é uma comédia brasileira que conquistou o coração do público com sua narrativa divertida e personagens cativantes. O filme marcou a transição do renomado diretor da televisão para o cinema, trazendo consigo sua experiência na criação de narrativas ágeis e envolventes. Com atuações memoráveis, Lisbela e o Prisioneiro se destaca como uma obra singular no cinema brasileiro.
No centro da trama está Leléu, interpretado brilhantemente por Selton Mello, um trapaceiro carismático que percorre o sertão nordestino apresentando atrações itinerantes. Leléu acaba se envolvendo com a esposa de um perigoso matador, interpretado de forma assustadora e magnética por Marco Nanini. O encontro com Lisbela, vivida por Débora Falabella, uma jovem romântica apaixonada por antigas produções de cinema, desencadeia uma série de eventos que misturam amor, comédia e reviravoltas.
A direção de Guel Arraes, conhecido por seu trabalho criativo na televisão, traz um ritmo ágil e contínuo ao filme. Embora alguns momentos pareçam enérgicos demais para o cinema, essa característica são resquícios da linguagem televisiva e mantém o espectador envolvido na narrativa. Arraes utiliza recursos inovadores ao estabelecer paralelos entre as reviravoltas da trama e os clichês das produções de Hollywood, criando um jogo inteligente e divertido de autorreferências.
Destaca-se a atuação de Marco Nanini como o matador Frederico Evandro. Com olhos injetados de uma intensidade assustadora, Nanini retrata o personagem com uma presença magnética, transmitindo ao mesmo tempo um ar ameaçador e uma sensibilidade oculta. Sua interpretação marcante adiciona camadas de complexidade ao filme. Além disso, é impossível falar de Lisbela e o Prisioneiro sem mencionar a química entre Selton Mello e Débora Falabella. Ele demonstra mais uma vez seu talento como um dos grandes atores de sua geração, trazendo nuances de confiança e covardia ao personagem de Leléu. Já ela, embora a personagem Lisbela possa parecer relativamente maçante em alguns momentos devido ao roteiro, entrega uma performance correta, transmitindo a doçura e a ingenuidade da personagem.
O roteiro, escrito por Guel Arraes, Pedro Cardoso e Jorge Furtado, baseado na peça de Osman Lins, apresenta diálogos afiados e momentos genuinamente engraçados e marcantes. Um que merece destaque é a sequência em que Leléu se passa por coroinha. Selton Mello demonstra seu timing cômico impecável, gerando risos genuínos da plateia. A cena é um exemplo do talento do elenco e da direção em criar momentos divertidos e inesquecíveis.
Lisbela e o Prisioneiro, dirigido por Guel Arraes, é uma comédia brasileira encantadora que marcou a transição do diretor da televisão para o cinema. Com atuações memoráveis de Selton Mello, Débora Falabella e Marco Nanini, o filme conquista o público com sua narrativa ágil e cheia de reviravoltas. Embora algumas situações possam soar forçadas e as cenas dramáticas não encontrem uma resposta emocional plena, Lisbela e o Prisioneiro se destaca como uma obra promissora e divertida do cinema nacional.
Lisbela e o Prisioneiro (2003, Brasil)
Direção: Guel Arraes
Roteiro: Guel Arraes, Pedro Cardoso, Jorge Furtado
Com: Selton Mello, Débora Falabella, Marco Nanini, Virginia Cavendish
Duração: 110 min.
Ari Cabral
Bacharel em Publicidade e Propaganda, profissional desde 2000, especialista em tratamento de imagem e direção de arte. Com experiência também em redes sociais, edição de vídeo e animação, fez ainda um curso de crítica cinematográfica ministrado por Pablo Villaça. Cinéfilo, aprendeu a ser notívago assistindo TV de madrugada, o único espaço para filmes legendados na TV aberta.
Lisbela e o Prisioneiro
2023-08-11T08:30:00-03:00
Ari Cabral
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