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A Verdade Nua e Crua
A Verdade Nua e Crua
A Verdade Nua e Crua (2009), dirigido por Robert Luketic, é uma comédia romântica que joga luz sobre os estereótipos de gênero e as dinâmicas dos relacionamentos modernos. Estrelado por Gerard Butler e Katherine Heigl, o filme gira em torno do confronto de personalidades entre Mike Chadway, um apresentador de TV machista e descarado, e Abby Richter, uma produtora de televisão obstinada e controladora. O choque inicial entre os dois personagens estabelece a base para o que se torna um típico “opostos se atraem”, cheio de diálogos afiados e situações cômicas.
Gerard Butler se destaca como Mike, trazendo um carisma bruto e uma energia irresistível ao papel. Sua performance faz do personagem, que poderia facilmente ser insuportável, alguém que o público adora odiar, mas eventualmente torce para que encontre a redenção. Katherine Heigl, por outro lado, é competente como a neurótica Abby, mas em alguns momentos parece contida em relação ao potencial cômico que o roteiro lhe oferece.
O filme segue a fórmula clássica das comédias românticas, com os protagonistas inicialmente se detestando, mas gradualmente desenvolvendo um afeto inesperado um pelo outro. No entanto, A Verdade Nua e Crua tenta diferenciar-se ao inserir um humor mais picante e diálogos explícitos sobre as diferenças entre os sexos. O que poderia ser uma análise perspicaz das expectativas e realidades dos relacionamentos heteronormativos, muitas vezes se perde em clichês previsíveis e uma trama que raramente nos desafia.
O diretor Robert Luketic, conhecido por comédias como Legalmente Loira e A Sogra, mantém o ritmo leve e envolvente, mas não consegue evitar alguns tropeços comuns. O filme tem momentos genuinamente engraçados, especialmente nas interações entre Butler e Heigl, mas carece de originalidade para realmente se destacar nesse cenário saturado de comédias românticas.
Um dos momentos mais memoráveis do filme é a cena em que Abby, usando uma calcinha vibratória, experimenta um orgasmo acidental em um jantar, uma sequência que, embora hilária, exemplifica tanto o humor ousado do filme quanto sua tendência a depender de gags físicas em vez de desenvolver plenamente seus personagens e suas complexidades emocionais.
A Verdade Nua e Crua tem lá seus méritos. Apesar da superficialidade do seu roteiro, o filme atinge seu objetivo de entreter. Ele pode não reinventar o gênero, mas proporciona risos e momentos de leveza, especialmente para aqueles que não se importam com a previsibilidade e estão à procura de uma diversão descomplicada.
A Verdade Nua e Crua é um filme que pode agradar mais pelo carisma de seus protagonistas do que pela profundidade de sua história. Se por um lado ele não escapa das armadilhas do gênero, por outro, consegue entregar um entretenimento leve e divertido, ideal para quem procura uma comédia romântica sem grandes pretensões para rir um pouco em uma uma tarde chuvosa.
A Verdade Nua e Crua (The Ugly Truth, 2009 / EUA)
Direção: Robert Luketic
Roteiro: Karen McCullah Lutz, Kirsten Smith
Com: Katherine Heigl, Gerard Butler, Bree Turner
Duração: 96 min.
Ari Cabral
Bacharel em Publicidade e Propaganda, profissional desde 2000, especialista em tratamento de imagem e direção de arte. Com experiência também em redes sociais, edição de vídeo e animação, fez ainda um curso de crítica cinematográfica ministrado por Pablo Villaça. Cinéfilo, aprendeu a ser notívago assistindo TV de madrugada, o único espaço para filmes legendados na TV aberta.
A Verdade Nua e Crua
2024-10-16T08:30:00-03:00
Ari Cabral
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