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Caça aos Gângsteres
Caça aos Gângsteres
Baseado no livro de Paul Lieberman sobre uma série de reportagens feitas na época, Caça aos Gângsteres dá uma sensação de déjà vu. Principalmente para quem assistiu ao filme Os Intocáveis. Ainda que um se passe em Chicago e outro em Los Angeles.
A construção é bem similar, um sargento incorruptível que tem a missão de montar uma equipe para agir na clandestinidade contra os gângsteres liderados pelo chefão Mickey Cohen que domina a cidade. Boa parte da polícia é dele, o juiz é dele, drogas, bebidas, cassinos e jogos de apostas. Cohen, interpretado por Sean Penn, controla tudo. E esses cinco sujeitos vão tentar a todo custo destruí-lo.
Josh Brolin é o Sgt. John O'Mara, esse poço de virtude, ex-combatente de guerra que não deixou de lutar, porque ama Los Angeles, cidade que escolheu para viver com sua família. Já Ryan Gosling é o falso bad boy, cheio de pose, mas no fundo, um bom coração. A forma como a sua trajetória dentro do grupo se constrói chega a ser piegas. Aliás, o tom geral de Caça aos Gângsteres é sempre exagerado. Maniqueísta ao extremo, não que isso seja exatamente um problema, mas acaba caricaturando demais personagens e situações.
Ainda assim, é um filme com ação bem construída. A violência não pediu licença ao politicamente correto e mostra mais do que é permitido na maioria dos filmes hoje em dia. O gângster vivido por Sean Penn é extremamente cruel e seus atos não dão folga a nenhum bandido ou policial que cruzar o seu caminho. E a direção de Ruben Fleischer segue esse perfil. Mesmo que, em alguns momentos, a "censura" não nos deixe mostrar um cérebro sendo esmagado, por exemplo, a montagem logo nos dá um pedaço de carne crua que espera para ser fritada. Em uma alusão de imagem clara.
Aliás, por falar em alusão, a cena de tiroteio final no hotel, nos dá uma imensa escada no saguão do mesmo, o que nos remete a Os Intocáveis novamente, que por sua vez já pegou a ideia emprestada de O Encouraçado Potemkin, só faltou um detalhe clássico, que ali seria mesmo impossível. De qualquer maneira, outros momentos do filme nos dão uma certa tensão com bebês e crianças chorando. E claro que também teremos leves lembranças de filmes como Golpe de Mestre e outros do gênero.
Mas, o filme tem seus momentos interessantes. Muita ação e uma adrenalina razoável nos levam em uma dinâmica que não cansa e nos envolve naquela jornada. Destaque para a cena do ataque a uma casa de shows e jogos onde toda a ação se desenvolve ao som de "Chica Chica Boom Chic" com direito a Yvette Tucker em uma ótima imitação de Carmem Miranda. Tem uma perseguição de carros e caminhão que também é muito bem resolvida.
E claro, tem romance. Ryan Gosling e Emma Stone que já tinha feito um par romântico em Amor a Toda Prova, voltam à parceria com uma história de amor proibido e perigoso que poderia até render mais e ser melhor desenvolvida, mas já dá para alegrar os corações mais carentes. Eles funcionam bem juntos e isso ajuda em algumas construções. E o romance ainda acaba tendo uma função interessante para a trama.
Caça aos Gângsteres, então, está longe de ser um dos clássicos do gênero, que já nos deu ótimos filmes. Mas, também não chega a ser um desastre. É honesto em sua proposta, mesmo que requentando ideias e tornando tudo mais raso do que deveria. Daqueles entretenimentos que vem, vão e a gente nem percebe direito.
Caça aos Gângsteres (Gangster Squad, 2013/ EUA)
Direção: Ruben Fleischer
Roteiro: Will Beall
Com: Sean Penn, Ryan Gosling, Josh Brolin e Emma Stone
Duração: 113 min.
A construção é bem similar, um sargento incorruptível que tem a missão de montar uma equipe para agir na clandestinidade contra os gângsteres liderados pelo chefão Mickey Cohen que domina a cidade. Boa parte da polícia é dele, o juiz é dele, drogas, bebidas, cassinos e jogos de apostas. Cohen, interpretado por Sean Penn, controla tudo. E esses cinco sujeitos vão tentar a todo custo destruí-lo.
Josh Brolin é o Sgt. John O'Mara, esse poço de virtude, ex-combatente de guerra que não deixou de lutar, porque ama Los Angeles, cidade que escolheu para viver com sua família. Já Ryan Gosling é o falso bad boy, cheio de pose, mas no fundo, um bom coração. A forma como a sua trajetória dentro do grupo se constrói chega a ser piegas. Aliás, o tom geral de Caça aos Gângsteres é sempre exagerado. Maniqueísta ao extremo, não que isso seja exatamente um problema, mas acaba caricaturando demais personagens e situações.
Ainda assim, é um filme com ação bem construída. A violência não pediu licença ao politicamente correto e mostra mais do que é permitido na maioria dos filmes hoje em dia. O gângster vivido por Sean Penn é extremamente cruel e seus atos não dão folga a nenhum bandido ou policial que cruzar o seu caminho. E a direção de Ruben Fleischer segue esse perfil. Mesmo que, em alguns momentos, a "censura" não nos deixe mostrar um cérebro sendo esmagado, por exemplo, a montagem logo nos dá um pedaço de carne crua que espera para ser fritada. Em uma alusão de imagem clara.
Aliás, por falar em alusão, a cena de tiroteio final no hotel, nos dá uma imensa escada no saguão do mesmo, o que nos remete a Os Intocáveis novamente, que por sua vez já pegou a ideia emprestada de O Encouraçado Potemkin, só faltou um detalhe clássico, que ali seria mesmo impossível. De qualquer maneira, outros momentos do filme nos dão uma certa tensão com bebês e crianças chorando. E claro que também teremos leves lembranças de filmes como Golpe de Mestre e outros do gênero.
Mas, o filme tem seus momentos interessantes. Muita ação e uma adrenalina razoável nos levam em uma dinâmica que não cansa e nos envolve naquela jornada. Destaque para a cena do ataque a uma casa de shows e jogos onde toda a ação se desenvolve ao som de "Chica Chica Boom Chic" com direito a Yvette Tucker em uma ótima imitação de Carmem Miranda. Tem uma perseguição de carros e caminhão que também é muito bem resolvida.
E claro, tem romance. Ryan Gosling e Emma Stone que já tinha feito um par romântico em Amor a Toda Prova, voltam à parceria com uma história de amor proibido e perigoso que poderia até render mais e ser melhor desenvolvida, mas já dá para alegrar os corações mais carentes. Eles funcionam bem juntos e isso ajuda em algumas construções. E o romance ainda acaba tendo uma função interessante para a trama.
Caça aos Gângsteres, então, está longe de ser um dos clássicos do gênero, que já nos deu ótimos filmes. Mas, também não chega a ser um desastre. É honesto em sua proposta, mesmo que requentando ideias e tornando tudo mais raso do que deveria. Daqueles entretenimentos que vem, vão e a gente nem percebe direito.
Caça aos Gângsteres (Gangster Squad, 2013/ EUA)
Direção: Ruben Fleischer
Roteiro: Will Beall
Com: Sean Penn, Ryan Gosling, Josh Brolin e Emma Stone
Duração: 113 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Caça aos Gângsteres
2013-01-31T14:30:00-03:00
Amanda Aouad
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